16 março 2010

Poesia, viva!


No dia da Poesia referenciemos ao poeta Castro Alves escritor do amor e da liberdade.

Toda literatura consiste num esforço para tornar a vida real. E os versos do poeta Fernando Pessoa sugerem a irrealidade da vida. Nada existe de verdade neste mundo. Este talvez seja o mais profundo sentido da poesia enquanto forma literária: não ter sentido algum.    
  Atuando sob a linguagem, o poeta cria o seu próprio mundo, fantasioso, onde as coisas não têm o seu devido lugar e, sequer necessitam ter lugar não é verdade? Neste esforço, o poeta refaz a si mesmo, percorrendo um processo que não tem fim, que se perde pelo universo da imaginação.
 Sendo assim a poesia, uma das linguagens artísticas mais antiga da humanidade desde remota trajetória. Em 14 de março, é celebrado o Dia Nacional da Poesia, coincidindo com o nascimento do poeta Castro Alves, nascido em 1847 e faleceu com apenas 24 anos de idade, no ano de 1871.
  
   Diversas atividades aconteceram por todo o Brasil, numa tentativa de escritores e instituições para afirmar esse gênero artístico quase clandestino, num país de tão poucos leitores. Patinho feio do currículo escolar, a poesia é um tema de difícil abordagem por professores e educadores, normalmente, figurando apenas nas mecânicas cobranças das provas e vestibulares.
   Mas a poesia têm resistido. Com a internet, os poetas se apóiam nas novas tecnologias e buscam em sítios, blogs e outras mídias, novos meios para contrabalancear o pouco interesse de editoras por publicações de poesia.
       
Divulgando a POESIA – Várias instituições somam esforços das diferentes iniciativas em defesa da poesia. Como por exemplo o sarau Poesia no Leme, realizado toda quarta-feira das 19h às 22h, no quiosque Estrela de Luz, na praia do Leme (Av. Atlântica - Posto 1 - em frente ao restaurante Fiorentina, também no rádio vários projetos com programas de Poesia, as entidades assim como a Associação Guatá  que inventa formas, fórmulas e formatos diferenciados para levar a poesia até aos lugares mais inusitados. Pequenos folhetos carregam clássicos da poesia, que dividem os espaços com poetas locais . Poemas impressos em papel-semente, depois de lidos, fazem germinar uma planta. Os passageiros do transporte coletivo se deparam com poesias estampadas nas paredes dos ônibus. No meio de uma praça pública ou num ponto de ônibus, as pessoas são abordadas com folhetins com diversos poemas, e são convidados a colocar no papel as suas próprias criações.                
    
O POETA DA LIBERDADE - Um dos principais nomes do romantismo brasileiro, Castro Alves é autor de “Espumas flutuantes” e “Navio negreiro”. O amor, a justiça e a liberdade, transbordam nestas duas obras, sendo os temas que mais influenciaram o escritor. Para Castro Alves, a poesia não foi apenas linguagem ou expressão, serviu para interferir nas demandas do mundo real, no tempo e no espaço determinados. Os poemas de Castro Alves se constituíram em forma de combate e enfrentamento de uma sociedade desigual, capaz de separar os homens e seus direitos a partir da cor da pele ou da origem social. Esculpindo a palavra, Castro Alves elaborou os mais significativos poemas líricos da literatura brasileira.
        Antônio Frederico de Castro Alves nasceu no dia 14 de março de 1847, na fazenda Cabeceiras, na Bahia. Suas primeiras publicações aconteceram em 1862, em colunas de jornais, quando o poeta tinha apenas dezesseis anos. Republicano e abolicionista, Castro Alves engajou-se na luta pela abolição da escravatura e em defesa do direito do povo poder escolher os seus próprios representantes.
Fonte:  Guatá.com






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