Deu no Financial Times. A audiência em transmissões de eventos esportivos femininos tem caído nos últimos 20 anos, incluindo, é claro, o futebol. Segundo o Centro de Estudos Feministas da Universidade de Southern, na Califórnia, as mulheres tiveram apenas 1,6% de telespectadores em 2009, entre todos os esportes americanos. De acordo com o artigo do jornal londrino, há uma explicação sociológica para o fato do futebol masculino atrair tantos espectadores enquanto o feminino luta por atenção. A explicação é a seguinte: enquanto o jogador de futebol representa o ideal de homem perfeito para a sociedade, as jogadoras são o oposto e estão bem distante do ideal de mulher, que se assemelha, nos dias de hoje, à princesa Kate. O artigo continua falando que todo menino cresce com pôsteres de jogadores no quarto, idealizando um dia ter as mesmas qualidades dos atletas de ponta: o porte atlético, trabalho pesado, espírito de equipe e a atenção das meninas. Já as mulheres são o contrário: ainda são vistas com preconceito, principalmente relacionado à sexualidade, culpa de um passado recente, em que mulheres eram proibidas de jogar (Na Inglaterra, a permissão aconteceu apenas em 1971). A discussão é válida e não estamos aqui para dizer se o Financial Times está certo ou não. É apenas uma maneira de ver a questão. Maneira, aliás, que eu nunca tinha pensado.
por Laura Rodrigues -O Globo(http://oglobo.globo.com/blogs/gramanacalcinha/#386000)
O Brasil ainda é um país machista. Embora o país tenha uma eleita mulher presidente da república, não é por isso que se muda mentes pequenas e preconceituosas. Vivemos em um país que induzem as meninas desejarem ser: modelos, artistas, BBBs, mulheres-frutas, panicats, e tantas outras coisas. Um monte de mulheres sem talento e que se mostram como se fossem meros pedaços de carne o que é lamentável.