A cidade do Rio de Janeiro se mobilizou nesta quarta-feira para protestar contra a divisão dos royalties do petróleo, nas ruas do Centro da cidade. De acordo com Polícia Militar, mais de 150 mil pessoas participaram da manifestação. As ruas do centro foram tomadas pela multidão e animada por dez trios elétricos. A passeata foi liderada pelo governador, Sérgio Cabral. Governador disse que o deputado Ibsen Pinheiro, autor da emenda que tira o benefício do Rio, não vai ter retorno eleitoral com a atitude. e disse mais: "Brasileiro entende muito bem quais são os seus direitos". Um grupo de taxistas decidiu fazer um "enterro simbólico" do deputado Ibsen Pinheiro, autor da polêmica emenda que propõe mudanças na divisão dos royalties. O texto foi aprovado na Câmara e está sendo discutido no Senado, onde deve ser votado até maio. O deputado Alessandro Molon, presente na manifestação, afirmou que o ato deveria ter sido feito antes da apresentação da emenda, ele espera que a mobilização sirva para convencer os senadores. - “É importantíssimo que esse ato de união entre governos, prefeitura, trabalhadores, donas de casa e estudantes” Municípios-sede de bases da Petrobras e os que têm limite com áreas de produção também recebem recursos para compensar o risco e a degradação ambiental. Eles vestiram a camiseta contra a covardia.
O Rio sofreu grande derrota no jogo político sobre o destino dos recursos do pré-sal. Com a aprovação, no último dia 3, na Câmara, do texto-base que capitaliza a Petrobras, boa parte dos recursos que seriam destinados ao estado, graças à participação especial, seguirá diretamente para a estatal. Isso representará perda de R$ 22,9 bilhões para o Rio. O estado continua com direito aos royalties, mas em dinheiro a quantidade equivale a apenas 1/3 do que era recebido com a participação especial. O conflito teve seu ápice quando o Rio foi surpreendido pela escandalosa votação de 368 votos a 73, com duas abstenções, à Emenda Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que altera os critérios de pagamento dessas compensações, retirando do estado 97% da arrecadação, comprometendo orçamento, investimentos em segurança, saúde, saneamento, os salários de servidores e até as Olimpíadas de 2016. A partir daí, começou a mobilização contra a redução dos royalties de R$ 7,5 bilhões ano para R$ 223 milhões.
Fonte: SRDZ; O dia, G1.
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