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Rio de Janeiro, cidade maravilhosa
cantada em verso e prosa,
por sua beleza natural e encantos mil,
de natureza exuberante, mar e floresta,
abraçada pelo Cristo Redentor,
do alto da serra do Corcovado.
Rio de Janeiro, cidade amedrontada
chorada em terço e rosa,
por sua fragilidade em pleno abril,
da fraqueza ante o temporal, inevitável inundação
sitiada pelas marés e galerias obstruídas
das encostas desmoronam casas e corpos, vítimas
Rio de Janeiro, cidade olímpica
aclamada em coro e tocha
por sua vocação, para um evento mundial,
resistirá à ausência de políticas de contenção
da invasão de seu ralo tapete verde nos morros
por favelas e mansões, politícos e especuladores?
Até quando o gingado das mulatas no samba
o colorido de Ipanema, Barra e Copacabana
o jeito extrovertido da gente bronzeada
esconderá o drama e o preço de ser carioca?
Palavras se perdem ao vento,
nos governantes que se sucedem
nos discursos vazios, no jogo sem tento
na própria gente que os bueiros entopem
Não basta ostentar o título,
urge recuperar o meio-ambiente,
investir sem desviar o recurso público
pra melhorar a vida da zona sul à zona norte
O Rio precisa de respeito,
de janeiro a dezembro,
para com seus cidadãos,
do asfalto ou das favelas.
AjAraújo, o poeta humanista, e sua reflexão sobre o abandono e descaso com a cidade maravilhosa, pobre Rio, pobre gente que vive nesta cidade, escrito em 7 de abril de 2010. http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=127285Rio de Janeiro, cidade maravilhosa
cantada em verso e prosa,
por sua beleza natural e encantos mil,
de natureza exuberante, mar e floresta,
abraçada pelo Cristo Redentor,
do alto da serra do Corcovado.
Rio de Janeiro, cidade amedrontada
chorada em terço e rosa,
por sua fragilidade em pleno abril,
da fraqueza ante o temporal, inevitável inundação
sitiada pelas marés e galerias obstruídas
das encostas desmoronam casas e corpos, vítimas
Rio de Janeiro, cidade olímpica
aclamada em coro e tocha
por sua vocação, para um evento mundial,
resistirá à ausência de políticas de contenção
da invasão de seu ralo tapete verde nos morros
por favelas e mansões, politícos e especuladores?
Até quando o gingado das mulatas no samba
o colorido de Ipanema, Barra e Copacabana
o jeito extrovertido da gente bronzeada
esconderá o drama e o preço de ser carioca?
Palavras se perdem ao vento,
nos governantes que se sucedem
nos discursos vazios, no jogo sem tento
na própria gente que os bueiros entopem
Não basta ostentar o título,
urge recuperar o meio-ambiente,
investir sem desviar o recurso público
pra melhorar a vida da zona sul à zona norte
O Rio precisa de respeito,
de janeiro a dezembro,
para com seus cidadãos,
do asfalto ou das favelas.
Este poema é um desabafo de todos nós, uma extrema sensibilidade em poema do poeta AjAraújo
Numa tragédia provocada pela natureza, fica claro e evidente o problema urbano das grandes cidades, áreas metropolitanas, onde as grandes vítimas são sempre os mais pobres. São eles que moram nas encostas, nas áreas de risco, nos locais mais distantes e inadequados à moradia digna. E por que isso acontece hein ? Porque a função social da propriedade não é considerada. Os terrenos mais adequados são usados com fins especulativos, os pobres cada vez mais expulsos para longe do direito à uma vida digna e o lhes tem restado apenas o lamento das vidas queridas, perdidas.
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