31 março 2010

Sabemos escutar ou ouvir?

 “Teimoso é aquele que sempre quer ter razão, defende a sua maneira de pensar e de ser mais sem muita lógica. Não aceita as opiniões dos outros. Insiste em impor suas ideias, convencido de que somente ele sabe. As pessoas obsessivas reagem sempre do mesmo modo em relação a si mesmas e em relação aos outros. São incapazes de aceitar novas ideias, de mudar hábitos, chegando a extremos de teimosia. A teimosia pode manifestar-se em pessoas muito simples, que não desejam sair de seu mundo limitado. Fogem, assim, de qualquer esforço físico ou mental, reagindo como tolas para tirar vantagens de situações difíceis; são astutas. Frequentemente, a pessoa teimosa rotula-se e vangloria-se, atribuindo a si própria grande força de vontade e firmeza nas convicções. Não é fácil a convivência com uma pessoa teimosa, pois ela cria sempre muitos problemas à sua volta. O teimoso persiste, insiste em seus erros por orgulho, não admitindo mudanças, não admitindo falhas. Geralmente, é pouco flexível, adepto de ideias fixas e rígidas; é alguém que não sabe evoluir e crescer através do erro. Por mais que suas atitudes se mostrem inadequadas, não costuma modificá-las. A teimosia pode aparecer em pessoas intelectualmente dotadas ou não. São as chamadas “cabeças duras”, com grande dificuldade de adaptação a situações novas e compreensão dos fatos. O teimoso habitual acaba por ser discriminado, encontrando obstáculos em relacionar-se com outras pessoas, pois exige que suas opiniões prevaleçam sempre sobre as dos demais. O primeiro e mais difícil passo para se equacionar o problema é reconhecer o fato de a teimosia existir. E querer realmente mudar. Você pode começar a ficar atento às pequenas coisas que se repetem, a situações constrangedoras que provocam determinadas reações nas pessoas. Considere a possibilidade de que o outro também pode estar certo, respeitando seus pontos de vista com tranquilidade e polidez. Aprenda a colocar suas ideias sem imposição; saiba ouvir, não se sinta agredido por ser contestado e, sim, inclinado a ponderar. Em uma mesma situação há vários enfoques que podem ser considerados sem serem necessariamente divergentes, mas esclarecedores. Discutir não é brigar. Discordar não é agravo quando a discordância tem um sentido positivo de cooperação e esclarecimento.”

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