O Prêmio Nobel da Paz deste ano será compartilhado por três mulheres. sendo duas africanas e uma do Oriente Médio. A escolha deste ano deve ser vista como um forte sinal do comitê do 
Nobel em favor da luta pela igualdade de direitos entre os gêneros, 
especialmente no mundo em desenvolvimento. As escolhas do Nobel da Paz 
nos últimos anos foram cercadas de polêmica. O comitê que escolheu as vencedoras deste ano é formado por cinco 
membros. Três mulheres que fizeram campanha pelos direitos humanos e pelo fim 
da violência na Libéria e no Iêmen, incluindo a presidente liberiana, 
Ellen Johnson-Sirleaf, ganharam o Prêmio Nobel da Paz. As três premiadas receberão uma medalha de ouro, um diploma e 
dividirão 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,7 milhões), em uma 
cerimônia em Oslo no dia 10 de dezembro. O Nobel da Paz deste ano teve 
um número recorde de indicações – entre pessoas e instituições foram 241
 indicações.

              Ellen Sjohnson-Sirleaf (Libéria) -
Presidente da Libéria, foi a primeira mulher eleita democraticamente na África e colocou um fim ao conflito armado no país Josh Reynolds/AP. Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz  a presidente da 
Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, afirmou que a 
premiação é um reconhecimento dos "muitos anos de luta pela justiça, paz
 e promoção do desenvolvimento" no país do Oeste da África desde uma 
brutal guerra civil. Johnson-Sirleaf, de 72 anos, é a primeira mulher eleita 
presidente livremente na África. 
 Tawakkul 
Karman, que trabalhou no Iêmen, vão dividir o prêmio avaliado em 1,5 
milhão de dólares com Johnson-Sirleaf, que enfrenta a reeleição para um 
segundo mandato como presidente na terça-feira.

Tawakkul Karman, 32, é uma opositora do regime do presidente do Iêmen, 
Abdullah Saleh, e chegou a ser ameaçada de morte ao recusar um cargo no 
governo do país. Ele lidera principalmente um movimento de resistência 
da juventude iemenita, embora também tenha ligações com partidos 
políticos do país, no caso o Islah. A liberiana, Leymah Gbowee, que mobilizou mulheres contra a 
guerra civil no país ao organizar uma "greve de sexo". "Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo a 
não ser que as mulheres obtenham as mesmas oportunidades que os homens 
para influenciar o desenvolvimento em todos os níveis da sociedade", 
disse o presidente do comitê, Thorbjoern Jagland, a repórteres.
    
 
Leymah Gbowee (Libéria) - A ativista é conhecida como "guerreira da paz" 
Gbowee mobilizou e organizou mulheres 
de linhas divisórias étnicas e religiosas para tentar pôr um fim na 
guerra da Libéria e para assegurar a participação das mulheres nas 
eleições. O comitê acrescentou: "Nas circunstâncias mais árduas, tanto 
antes quanto depois da Primavera Árabe, Tawakkul Karman desempenhou um 
papel de liderança na luta pelos direitos das mulheres e pela democracia
 e paz no Iêmen."
"A esperança do Comitê Norueguês do Nobel é que o prêmio para 
Ellen Johnson-Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman ajude a colocar 
um fim na supressão das mulheres que ainda ocorre em muitas países, e 
constatar o grande potencial de democracia e paz que as mulheres podem 
representar." Falando por telefone de Monróvia, o filho de Johnson-Sirleaf 
disse à Reuters que estava "super animado. Essa é uma grande notícia e 
temos que comemorar."
Fonte:   (Reuters)
"É um símbolo do poder das mulheres. Antes de tudo, mostra o papel vital que têm as mulheres no avanço da paz, da segurança e dos direitos humanos", acrescentou o chefe da ONU.
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