02 março 2011

No comando de uma escola de samba (Virtual)

Imagine que você é um produtor musical, com uma mesa de som na sua frente. A faixa gravada você controla da forma que achar melhor. Aumenta a bateria, deixa mais grave o som do baixo, duplica o vocal. Tudo pela internet. Isso ainda não foi feito, mas o iG chegou perto já, fazendo com que o usuário comando os sons de uma escola de samba. O princípio é simples, e a execução foi muito bem feita: é possível escolher deixar só o repique, a caixa e a cuíca tocando na avenida. Ou apenas um, ou tudo junto. Com informação visual sobre a área onde cada um se localiza na avenida, durante o desfile.

No infográfico Veja como funciona a bateria da Grande Rio, o iG chamou membros da escola de samba Grande Rio para reproduzir no estúdio alguns instrumentos usados durante um desfile. Cada faixa foi separada e montada em um especial no site, onde você pode controlar os músicos, uma interatividade que agrada mesmo quem não gosta de carnaval. Controlar um instrumento com um botão é um caminho interessante para infografias que lidem com música. No YouTube é possível achar faixas separadas de músicas famosas (experimentem ouvir Helter Skelter dos Beatles somente com os vocais da música). A grande maioria é tirada de jogos como Guitar Hero e Rock Band, que emulam o ato de tocar bateria, baixo, guitarra e vocal em uma banda. Estas faixas originais dos artistas estão no software do jogo com os instrumentos separados para garantir a jogabilidade.


Além da experiência interativa, o infográfico do iG ainda traz vídeos da gravação com os músicos e um esquema mostrando como é a movimentação da bateria durante o desfile. Este conteúdo é muito mais um making of, até desnecessário para o especial – mas em algumas partes ajuda a entender como o jornalismo interativo multimídia é produzido. O fato dos autores da infografia não estarem creditados na arte é uma falha (só dá para saber quem fez direto na página de infografias do portal).
O iG, aliás, é dos veículos que mais produz boas infografias no Brasil.
Por Felipe Lavignatti  
Fonte: Jornalismo Digital.org

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