06 abril 2011

FIQUE DE OLHO - NOVELA AMOR E REVOLUÇÃO - SBT

Passar os anos de chumbo da história do Brasil por meio de uma telenovela. Essa é uma das propostas de Amor e Revolução, que estreou nesta terça-feira (05/04), às 22h15, no SBT. Ambientada no período da ditadura militar no Brasil, a nova investida da emissora de Silvio Santos na teledramaturgia conquistou o terceiro lugar na audiência, com uma média de 7.1 pontos e pico de 9.1, contra 19.6 da Globo, 12.2 da Record, 4.0 da Band e 3.7 da RedeTV! 
Assista o primeiro capitulo

  
 A Novela escrita por Tiago Santiago com colaboração de Renata Dias Gomes e Miguel Paiva, direção de Reynaldo Boury, Luiz Antônio Piá e Marcus Coqueiro e produção-executiva de Sérgio Madureira  faleceu antes da novela estrear), Amor e Revolução conta a história de amor vivida pelo militar José Guerra (Claudio Lins) e pela guerrilheira Maria Paixão (Graziela Schmitt), o casal protagonista do folhetim. E ainda têm depoimentos de pessoas que participaram ativamente dessa parte da história no final da novela – no estilo Manoel Carlos, foi uma abordagem positiva oferecendo ao telespectador a oportunidade de entender mais de perto o que foi esse período tão obscuro e recente da nossa história brasileira.
Tiago Santiago já passou pela Record, onde escreveu quatro novelas e supervisionou uma quinta, e chegou ao SBT. Na emissora de Silvio Santos, assinou contrato até 2013 para escrever quatro novelas de 180 capítulos ou três de 240. A primeira delas - a versão de "Uma Rosa Com Amor" - já foi ar, em 2010. Apesar de ter à sua disposição o acervo radiofônico de Janete Clair e outro texto de Vicente Sesso, "Minha Doce Namorada", Tiago afirma que, daqui para frente, só quer escrever tramas originais
  "Amor e Revolução" ainda nem estreou no SBT, mas já entrou para a história da teledramaturgia brasileira como a primeira do gênero a retratar o tumultuado período da ditadura militar. O mais longe que a TV Globo conseguiu chegar até hoje foi na minissérie "Anos Rebeldes", escrita por Gilberto Braga e Sérgio Marques em 1992.
 _  "Todo mundo que conheço tem uma história interessante sobre o regime militar 
   para contar.  Nem sei se vou ter tempo para contar tantas histórias", brinca Tiago, 48 anos, que planeja escrever uma novela sobre os anos de chumbo da ditadura militar desde 1995, quando ainda não passava de colaborador de autores como Carlos Lombardi e Antônio Calmon. 

Tiago Santiago diz que seu objetivo é mostrar os dois lados do regime. E que o público pode ter certeza de que os dois lados serão representados com o máximo de realismo e fidelidade possível. Mas é claro que, como um democrata que é repudia a tortura, e não pode apoiar a ditadura. Como um brasileiro que cresceu na época dos generais e que pertencia a uma família de classe média que não podia votar para presidente, por isso guarda um repúdio muito grande em relação à ditadura militar. Neste sentido, a sua posição ideológica vai transparecer em alguns momentos da trama. 

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