Amar é estar junto, ajudar, compreender, respeitar, ser amigo, ser  verdadeiro, é querer tê-lo todo dia e ficar triste por não poder, amar é  acima de tudo querer ver a outra pessoa feliz, mesmo que para isso  tenhamos que abrir mão da própria felicidade!Quantas vezes sentimos o amor e  não sabemos onde realmente dói? O amor é revelação, inauguração, tem o  poder de ser novo com aquilo que estava velho. Deus se manifesta em uma árvore que pega  fogo mas não é consumida. Esse é o amor de Deus: Quanto mais nós  amamos, mais somos consumidos, e se estamos esgotados é porque amamos  ‘de menos’. Vamos ficando sem o vigor, mas a sarça queima sem se  consumir. O fogo do amor não queima, pois é um fogo que faz outro fogo, e  a experiência do amor de Deus é feita pelo amor de um para o outro. Amar o outro é levar prejuízo. Aquele desaforo, aquela traição, aquela mentira e o que você fez com tudo aquilo? Como aquilo repercutiu em você? Aquela experiência ruim que sofreu, onde está? Quantas vezes você passou noites inteiras acordadas pelo seu filho? Quanto sono perdido? Isso é por amor. Você vai saber o que é amor quando você  se consome, mas não se esgota. Você nunca vai dizer que está cansado de  amar o seu filho. Você está cansada dos problemas causados pelo filho,  mas não de amá-lo. Quantas pessoas que procuram e estão  necessitadas do amor, mas em sua busca correndo atrás das micaretas e  baladas? A busca do amor está aguçada. Está todo mundo querendo saber o  que é o amor, e todos precisando de cura. Quantas pessoas foram amadas  erroneamente, trazendo as marcas de um amor estragado. mQuando alguém nos ama com um amor  estragado, só se percebe em longo prazo. Como comer uma comida podre que  vai dar um problema sério no futuro.  Quando digo que amo a Deus, estou dizendo no avesso desta frase que amo a mim também.   Nenhuma pessoa pode amar a Deus se não se ama. Nenhuma pessoa pode ter  uma experiência com Deus se não for pelo amor a si próprio, pelo  respeito por si mesmo. O amor a Deus passa o tempo todo pelo cuidado que  eu tenho com a minha vida, com a minha história. Deus nos quer cuidados. Você precisa  redescobrir a graça de se amar. Quanto você se ama? O que você ainda  espera de você mesmo? Como você ainda se cuida? O quanto você ama a  Deus? O que você faz por Ele? Quanto do seu tempo dedica a Ele? As  mesmas respostas das primeiras perguntas valem para as segundas. O tempo  em que você se dedica a Deus, dedica a você mesmo; pois a obra que Ele  quer restaurada é você.
‘Se quiser entrar em minha vida retira  as sandálias, pois esse solo é santo’. O amor que tenho a meu Deus é um  amor a mim mesmo. Deus quer ser glorificado através de mim. Não haverá a  possibilidade de sermos santos se não retirarmos de nós as ‘podridões’.  Tenha coragem de tirar as histórias do passado que doem e que você as  carrega até o dia de hoje. O alvo deste acampamento, não é o amor  que você tem a Deus, mas é o amor que você tem a você mesmo, que é  determinante para saber a sacralidade do outro. A gênese da nossa  capacidade de amar o outro, está na incapacidade de não me amar. A  conversão é um movimento contrário, para amar a si mesmo. É impossível  uma pessoa que se ama se drogar, ou deixar uma outra pessoa jogar para  dentro de si uma substância letal. Como sou capaz de amar o próximo como a mim mesmo, se ainda não me amo?
Faça caridade a você primeiro. Os seus  amigos irão agradecer por você se amar. Quando o amor nos atinge,  seremos mais felizes. Vamos experimentar da graça e dar a graça ao outro  também. Um povo que se ama é um povo que sabe aonde vai. O amor a Deus e  ao próximo é um amor a si mesmo. Eu ainda acredito no que Deus pode em  mim. Volte a gostar de você!
Segundo Pe. Fábio de Melo

Nenhum comentário:
Postar um comentário