Mais uma víitma de barbárie, um jornalista, fundador e diretor de uma emissora de uma comunidade  indígena a qual pertencia, foi assassinado por desconhecidos em um  povoado no sudoeste da Colômbia, informaram autoridades nesta  terça-feira. Mauricio Moreno Medina, de 50 anos, foi morto no domingo  com várias facadas cometidas por pessoas não identificadas que  invadiram sua casa no município de Ortega, no departamento de Tolima, a  159 quilômetros de Bogotá. Moreno é o segundo jornalista a ser  assassinado este ano na Colômbia. Em março, Clodomiro Castilla, repórter  que havia denunciado laços políticos com esquadrões paramilitares, foi  morto na cidade de Montería.  Na região onde ocorreu a morte do  jornalista e líder indígena, há presença de guerrilheiros das Forças  Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o maior grupo rebelde do  país. Mas autoridades policiais que investigam a morte não  relacionaram de imediato o crime a grupos armados e afirmaram que Moreno  não havia recebido ameaças de morte. 
"Como dirigente de uma rádio  comunitária, tipo de meio de comunicação muitas vezes na mira das  autoridades, em particular na zona de conflito, a vítima corria sérios  riscos", disse o grupo Repórteres Sem Fronteiras em comunicado.  O jornalista  também militava a favor da proteção do meio ambiente, o que pode  provocar inimizades e represálias, de acordo com a organização que  defende a liberdade de imprensa. A Colômbia era considerada, até há  poucos anos, um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas. De  acordo com estatísticas de organizações como a Sociedade Interamericana  de Imprensa e a Repórteres Sem Fronteiras, mais de 100 jornalistas  foram assassinados nas décadas de 1980 e 1990 em ataques atribuídos ao  narcotráfico, à guerrilha e a esquadrões paramilitares. 
fonte:Reuters
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