"Estudo aponta que 1,1 milhão de alunos estudam em escolas públicas com jornada ampliada. Em 39% das redes, experiência é recente."
Apesar de o número de alunos atendidos pela educação integral no País ainda ser relativamente baixo, a ampliação da jornada escolar nas redes públicas mostra avanços significativos. Foi o que revelou a pesquisa “Educação Integral/Educação Integrada e Tempo Integral: Concepções, Práticas na Educação Brasileira”, encomendada pelo Ministério da Educação (MEC), divulgada nessa semana.
Das 500
redes públicas que responderam ao questionário e confirmaram a oferta
da Educação integral, 39% realizam a experiência a menos de um ano.
Para Leandro Fialho, da diretoria de educação integral do MEC, o avanço
se deve ao programa Mais Educação (empregado em 2008 e ampliado em
2009) que “criou um movimento de discussão nacional da educação
integral”.
O
questionário desenvolvido por universidades federais de Brasília,
Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro foi respondido por 2.112 do total
de 5.564 municípios brasileiros; número considerado relevante por
Fialho. Segundo ele, haverá uma segunda etapa qualitativa da pesquisa,
cujos resultados deverão ser divulgados até o final do ano.
O
estudo indica que a implantação da Educação integral no País ainda se
dá de forma bastante desigual. Enquanto 37% das redes da Região Sudeste
que responderam à pesquisa já ampliaram a jornada escolar, o número foi
de apenas 3% no Norte do país. Mesmo com números significativos de
municípios que responderam ao questionário da pesquisa, Pará, Acre,
Rondônia e Roraima não relataram a implantação da experiência.
Lendro
Fialho afirma que estados nos quais a população é predominantemente
rural têm maior dificuldade de aderir à Educação integral. “Os
problemas da Educação regular no campo, como o pequeno número de alunos
por escola, se acentuam com a ampliação da jornada”.
Na
avaliação de Maria do Carmo Brant de Carvalho, Carminha,
superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e
Ação Comunitária (Cenpec), o Mais Educação de fato conseguiu ampliar o
debate sobre a Educação integral, que para ela estava completamente
esquecido.
Apesar
do otimismo em relação às recentes iniciativas do MEC na área, a
superintendente do Cenpec considera muito pequenos os números
detectados pela pesquisa. ”Há muita fragilidade e superficialidade na
introdução da Educação integral no Brasil.. Não basta aumentar o tempo
da jornada escolar se não houver uma proposta de educação integral
coerente”, reitera Carminha.
As
redes que participaram da pesquisa declaram que 76,4% das experiências
de ampliação da jornada escolar estão integradas ao Projeto Pedagógico
das escolas. Embora considere positivo as redes já terem incorporado o
discurso da integração, ela desconfia que isso ocorra. “É preciso que
haja uma intencionalidade pedagógica muito clara. Se as ‘atividades
extracurriculares’ não conversarem com as disciplina formais, não é
educação integral”, alerta.
Mais informações:
Leia a íntegra da pesquisa “Educação Integral/Educação Integrada e Tempo Integral: Concepções, Práticas na Educação Brasileira” aqui.
Fonte: Todos Pela Educação
Um comentário:
Susana,
Grata por sua visita, fiquei muito feliz!
Lindo o seu Blog...Parabéns!
Beijos,
Reggina Moon
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